
Queda de cabelo após cirurgia bariátrica: afinal, por que acontece?
Ana Paula Ferreira

Os pacientes que fazem a cirurgia de redução do estômago costumam lidar com uma série de efeitos colaterais causados pelo procedimento, como é o caso da queda de cabelo após a cirurgia bariátrica.
De acordo com o tricologista Luciano Barsanti, este é um problema comum e que acontece em cerca de 80% dos pacientes.
Mas, afinal, por que ele ocorre? Saiba mais a seguir!
Queda de cabelo após cirurgia bariátrica
Segundo o médico, a queda de cabelo após a cirurgia bariátrica acontece por causa de uma redução da área gástrica e da primeira porção do intestino delgado, onde o ferro e as vitaminas do complexo B são absorvidos.
“Neste tipo de cirurgia, que só deve ser feita em pacientes que tenham complicações pela obesidade mórbida, há uma retirada de parte do sistema digestivo alto, onde os nutrientes fundamentais para o crescimento do cabelo são absorvidos e passam para o sangue”, ele explica.
“Como consequência, portanto, o cabelo afina e cai. Isto ocorre em torno do segundo a terceiro mês depois da cirurgia.”
Assim, para evitar maiores problemas, o indicado é procurar um tricologista logo que notar o excesso de perda de cabelos.
Cuidados com o cabelo após a cirurgia
Apesar de ser um problema inevitável a princípio, Barsanti afirma que, seguindo as orientações do cirurgião gástrico quanto a reposição de vitaminas e sais minerais, o cabelo pode ser recuperado de seis a oito meses depois que começar a cair.
Isso, contudo, vale para pessoas que não têm doenças de base, como por exemplo calvície genética, doenças metabólicas, alterações da tireoide e outras.
“Se em torno do quarto mês após a cirurgia não acontecer uma melhora na queda, é importante consultar um médico. Ele poderá fazer exames específicos e não invasivos, como o scanner do couro cabeludo e dos fios, e a visualização do bulbo capilar através de um microscópio de tela.”
Já os tratamentos, de acordo com o profissional, também não são invasivos e podem ser feitos através de:
- Microcorrentes elétricas
Trata-se de um “choquinho” leve no couro cabeludo, que estimula o bulbo capilar. Este, por sua vez, é o lugar onde o fio de cabelo nasce e que, portanto, é responsável pelo seu crescimento.
- Fotoestimulação com laser
É feita através da estimulação progressiva do couro cabeludo com o laser de baixa potência. Como resultado, ele renova a pele, beneficiando o processo de crescimento dos pelos e, portanto, dos fios de cabelo.
- Ionização do couro cabeludo
“Ele consiste em ajudar na penetração de substâncias ativas e naturais, que podem até dobrar a velocidade de crescimento do cabelo e controlar a queda dos fios.”
Fonte: Luciano Barsanti, médico tricologista, de São Paulo.
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