
Manchas na pele negra: como tratar de modo eficaz
Isabelle Macedo Cabral

A pele negra, pela sua riqueza em melanina, possui uma proteção natural mais eficaz contra os raios UV, mas essa mesma característica a torna significativamente mais vulnerável a um dos seus maiores incômodos estéticos: as manchas. Sejam causadas por acne, queimaduras solares ou processos inflamatórios, as hiperpigmentações pós-inflamatórias são frequentes e demandam cuidados específicos para tratamento e, sobretudo, prevenção.
Principais causas das manchas em pele negra
A melanina, pigmento que dá cor à pele, é produzida por células chamadas melanócitos. Na pele negra, esses melanócitos são mais ativos e numerosos. Qualquer agressão – desde uma espinha até um simples arranhão – pode fazer com que essas células entrem em ‘curto-circuito’, produzindo melanina em excesso no local da lesão como uma resposta de defesa.
Diferentemente do que se pensa, o sol não é o único vilão. As principais causas de manchas na pele negra são:
- Acne: A inflamação dos folículos é a causa número um de manchas escuras (hiperpigmentação pós-inflamatória).
- Foliculite: Inflamação dos folículos pilosos, comum na depilação, que pode deixar marcas escuras.
- Queimaduras Solares: Apesar da proteção natural, a exposição excessiva ao sol sem proteção causa inflamação e, consequentemente, manchas.
- Dermatite Atópica ou Eczema: Processos alérgicos e inflamatórios que levam à coceira e, depois, a manchas.
- Uso de Produtos Agressivos: Cosméticos com álcool ou fórmulas muito fortes podem irritar a pele e desencadear o processo de hiperpigmentação.
Prevenção: a estratégia mais eficaz
Todos os especialistas são unânimes: na pele negra, prevenir é infinitamente mais fácil e barato do que tratar.
- Protetor Solar Diário: É absolutamente indispensável. Deve ser usado todos os dias, mesmo dentro de casa ou em dias nublados, com FPS mínimo de 30. Muitas pessoas negras acham que não precisam, mas a radiação UV e a luz visível (da tela do celular e lâmpadas) são grandes estimuladores da melanina.
- Evitar Manipular a Pele: Não cutucar espinhas ou coçar feridas é crucial para não gerar nova inflamação.
- Hidratação: Manter a pele bem hidratada fortalece a barreira cutânea, tornando-a mais resistente a agressões.
Tratamentos
Quando as manchas já estão instaladas, o tratamento deve ser conduzido por um dermatologista. Clarear a pele negra exige extrema cautela, pois produtos muito fortes ou agressivos podem causar o efeito oposto, clareando de forma irregular ou escurecendo ainda mais a área.
Os ativos mais utilizados, sempre em concentrações adequadas, são:
- Ácido Kójico, Ácido Azelaico e Vitamina C: São clareadores seguros e eficazes, que inibem a produção excessiva de melanina.
- Retinoides (como a Tretinoína): Aceleram a renovação celular, ajudando a “empurrar” a pele manchada para fora. Seu uso deve ser muito bem supervisionado.
- Niacinamida: Um coringa, pois além de clarear, controla a oleosidade e acalma a pele.
Procedimentos em consultório, como peelings químicos suaves (feitos com ácido mandélico ou glicólico em baixa concentração) e o laser específico para peles morenas, também são opções, mas exigem um profissional com vasta experiência em pele étnica para evitar riscos.
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