Dermatite: o que é, diferentes tipos, sintomas, causas e tratamento

Redação

Dermatite: o que é, diferentes tipos, sintomas, causas e tratamento

A dermatite é uma doença de pele que atinge diversas regiões do corpo. Ela pode trazer vários sintomas que causam bastante desconforto para o paciente, por exemplo: irritação, vermelhidão, descamação, coceira e formação de pequenas bolhas.

Um paciente pode desenvolver um dos seguintes tipos de dermatite abaixo:

  • Dermatite de contato;
  • Dermatite alérgica;
  • Dermatite atópica;
  • Dermatite seborreica;
  • Dermatite herpetiforme;
  • Dermatite ocre.

Carolina Pellegrini, dermatologista do Hospital Santa Catarina, explica que a atópica é a doença mais comum, principalmente entre as crianças.

“Não se sabe o motivo de ela estar entre os tipos mais comuns, mas entre as possibilidades, temos a combinação de pele seca e irritável com o mau funcionamento do sistema imunológico do corpo. Ainda, pode estar atrelada atreladas a asma e a rinite alérgica”, explica a profissional.

Então, a partir de agora, você conhecerá quais são as causas mais comuns da doença, os sintomas, os tratamentos, entre outros detalhes.

Quais são as causas da dermatite?

Um paciente pode ser diagnosticado com a doença por vários motivos. Entre os mais comuns, encontram-se: alergias, efeitos colaterais de medicamentos, fatores genéticos e banhos quentes.

Além disso, os agentes externos também são responsáveis pelo diagnóstico. Nessa lista, é possível destacar: tecidos sintéticos, plantas, metais, produtos químicos, produtos de limpeza e cosméticos.

Contudo, é fundamental deixar claro que cada dermatite tem uma causa específica:

  • Dermatite de contato: o paciente sofre com irritação e/ou alergia quando um agente externo entra em contato com a pele, especialmente nas mãos ou na face;
  • Dermatite atópica: fatores genéticos, imunológicos e ambientais são responsáveis por aumentar o diagnóstico dessa doença em crianças;
  • Dermatite seborreica: não há uma causa definida. No entanto, a condição está relacionada a modificações nas glândulas sebáceas e a componentes imunológicos;
  • Dermatite herpetiforme: a causa não é definida. Contudo, a gravidade dos sinais está relacionada à intolerância ao glúten;
  • Dermatite ocre: ocorre em parte do corpo que contém distúrbio na circulação do sangue.

Diferenças entre dermatite moderada e grave

A dermatologista Carolina Pellegrini explica quais são as diferenças entre as dermatites moderada e grave. “Em geral, as moderadas são mais leves, menos sintomáticas e com menor nível de acometimento da pele. Por outro lado, as dermatites graves podem acometer uma área corporal maior e podem ser mais sintomáticas.”

Tipo mais grave

Ademais, Pellegrini destaca qual é o tipo mais grave entre as que foram mencionadas acima. “Entre os tipos de dermatites mais graves, está a esfoliativa. Ela atinge toda a superfície da pele, provocando assim rachaduras, escamas e vermelhidão. “A camada cutânea superior pode chegar a se soltar e está relacionada ao efeito colateral de alguns medicamentos ou como complicação de outro tipo de dermatite”, completa.

Influência da alimentação na dermatite

A nutricionista Rachel Oliveira, da Clínica Carvalho, explica que a alimentação também tem influência.

“A alimentação saudável e equilibrada tem bastante influência e participação no tratamento da dermatite. No entanto, não há nenhum alimento específico que leve à cura. A exclusão ou a considerável diminuição do consumo de alguns alimentos alergênicos (leite, glúten, aditivos alimentares, trigo, soja, frutos do mar – camarão e ostra -, ovos, amendoim e carne de porco) que, normalmente, são responsáveis pelos sintomas, podem auxiliar bastante na melhora do quadro inflamatório”, destaca.

Dermatite em crianças

A dermatite também pode ocorrer em crianças, conforme explica Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo.

“A alergia à fralda seria uma dermatite (lesão avermelhada, áspera) em locais de contato com esse material. Isso ocorre devido à sensibilidade da pele da criança a alguma substância do produto (na grande maioria das vezes, o plástico).”

Como a dermatite de contato aparece em lactentes e crianças muito novas, é difícil a realização de testes nessa faixa etária. Dessa forma, orienta-se a troca da marca da fralda, trocas frequentes no dia a dia, além do tratamento com pomadas específicas para resolução.

“A dermatite inicia-se com lesões avermelhadas, pruriginosas, grosseiras e, muitas vezes, descamativas. Por isso, é importante o diagnóstico médico para fazer a diferenciação de outras doenças de peles que ocorrem nessa faixa etária”, completa.

Quais são os sintomas da dermatite?

Os pacientes que são diagnosticados com a condição, em grande parte dos casos, apresentam os seguintes sintomas abaixo:

  • Vermelhidão na pele;
  • Coceiras;
  • Pequenas bolhas;
  • Descamação;
  • Ardência;
  • Queimação.

Como funciona o tratamento?

É fundamental deixar claro que o tratamento é feito conforme a causa da dermatite. Contudo, em grande parte dos diagnósticos, o processo é direcionado para os sinais que geram desconfortos funcionais e estéticos. A recomendação de cremes hidratantes também é indicada para a prevenção.

De acordo com a nutricionista Rachel Oliveira da Clínica Carvalho, manter uma microbiota saudável (através de alimentos saudáveis e de nutrientes imunomoduladores) ajuda a melhorar os quadros.

A especialista ainda destaca outros alimentos que ajudam no tratamento:

  • Peixe: os ácidos graxos (ômega-3) encontrados em peixes como salmão, atum, sardinhas ou mesmo no marisco, possuem propriedades anti-inflamatórias que combatem os danos causados pela exposição prolongada ao sol;
  • Legumes e folhas verdes: são fontes de vitamina A, que combate o envelhecimento precoce, a formação de escamas e a desidratação. Ademais, são essenciais para a renovação celular e promovem o crescimento de nova pele. Espinafre e brócolis, por exemplo, são excelentes fontes de vitamina A e devem fazer parte do cardápio;
  • Citrinos: fontes de vitamina C, que é um antioxidante muito poderoso e que pode manter o colágeno na estrutura da pele, além de impedir a flacidez. Laranjas, mexericas, limões e limas são excelentes escolhas, principalmente, se forem consumidas em sua forma in natura, ou seja, de forma integral, incluindo a fibra do bagaço.

Fontes:

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