
Herpes dermatológica: conheça os tipos, sintomas, cuidados e tratamentos
GSK

Apesar de não se manifestar em todas as pessoas, a herpes dermatológica é uma infecção bastante comum em todo o mundo.
Prova disso é um relatório feito pela Organização Mundial da Saúde (ONU), que mostra que 3,7 bilhões de pessoas com idades menores a 50 anos já se contaminaram com o vírus, o que equivale a 67% da população mundial.
O herpes é uma infecção causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela Zoster (VVZ), que causa catapora (varicela) e cobreiro (herpes zoster), e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex.
Este, por sua vez, é uma infecção viral comum, para a qual 99% da população adulta já tem imunidade desde a infância ou adolescência, tendo infecção assintomática ou apenas um episódio, obtendo resistência ao vírus para toda a vida.
Sintomas
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o herpes simplex costuma ser identificado a partir da infecção nos lábios e dentro da boca, que acontece especialmente durante a infância, enquanto o herpes do tipo 2, em geral, se manifesta com lesões nos genitais.
Além das lesões, os pacientes também podem ter quadros de febre, prostração, gânglios aumentados, faringite, gengivoestomatite, vulvovaginite, ceratoconjuntivite e rinite.
Contaminação
A contaminação do herpes ocorre por meio do contato direto com a pele ou secreções de uma pessoa infectada.
De acordo com a SBD, “enquanto as vesículas estiverem presentes com seu conteúdo líquido, tanto no herpes simplex quanto na herpes zoster, elas são infectantes. Um simples contato das mãos com as vesículas, portanto, pode transferir o vírus para outras áreas do corpo, inclusive para os olhos e para outras pessoas em contato pele com pele ou mucosa”.
Com o passar do tempo, é comum acontecer o rompimento das vesículas, que leva ao surgimento de pequenas feridas rasas cobertas por crostas, seguida pela etapa de cicatrização da pele ou mucosa. Apesar de ainda não estar totalmente curada, nesta fase a doença já não é mais contagiosa.
Em geral, a infecção do herpes em pessoas com imunidade normal costuma durar, com todas as etapas, de sete a 14 dias.
Principais fatores que desencadeiam a lesão
De acordo com a dermatologista Lais Leonor, apesar de a contaminação acontecer normalmente na infância, é possível que ela demore para se manifestar. Além disso, também pode acontecer de a infecção nunca ficar ativa no corpo da pessoa, mesmo que ela já tenha feito contato com o vírus e continue sendo uma portadora.
“Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes. Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento”, explica a médica.
“A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores como exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, etc”, completa.
A seguir, a profissional lista todos os principais fatores desencadeantes:
- Exposição solar prolongada;
- Estresse emocional;
- Febre;
- Traumas no local, incluindo procedimentos dermatológicos como laser, peeling e microagulhamento
- Exposição ao frio intenso;
- Baixa imunidade.
Principais cuidados para evitar o contágio
- Evitar furar as vesículas;
- Manter o local limpo;
- Evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas se a lesão for na face;
- Não compartilhar copos, talheres, batons ou itens pessoais;
- Evitar exposição ao sol sem filtro solar;
- Manter os lábios hidratados;
- Não por a mão ou arrancar peles do local da lesão;
- Lavar bem as mãos após ter contato com as feridas.
Tratamento
O tratamento para herpes deve ser individualizado e só o médico poderá indicar qual o melhor para cada caso.
Segundo Lais, contudo, é possível usar algumas pomadas com corticoides, como Aciclovir e Fanciclovir, para tratar a parte externa, em casos que os sintomas incomodem muito o paciente.
Além disso, também pode ser necessária a prescrição de antiviral oral, dependendo do tempo de início dos sintomas.
Contudo, é recomendado sempre seguir as indicações médicas para ter a melhor orientação para o seu caso.
Qual médico procurar?
Por se tratar de uma infecção dermatológica, é possível buscar ajuda profissional tanto com um dermatologista, quanto com um infectologista.
Ambas as especialidades poderão solicitar exames de sangue para confirmar o diagnóstico e, com isso, avaliar o caso individualmente. Em caso de dúvida, também pode ser realizada a citologia (método de Tzanck), à cultura e, até mesmo, a histologia, além da sorologia para saber qual o tipo de herpes.
Afinal, herpes tem cura?
Não. Mesmo que o vírus fique inativo por muitos anos, ele ainda segue presente no organismo da pessoa contaminada, pois não há como eliminar o HSV do corpo.
Fontes: Lais Leonor, dermatologista, do Paraná; Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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